terça-feira, 30 de setembro de 2014

Terceiro Setor - Tema 3: Captação de recursos via legado

Esta série de artigos abordará aspectos da gestão das organizações do Terceiro Setor.

Tratar do tema de Gestão das Organizações do Terceiro Setor não é algo simples, por isso a proposta será publicar uma série de artigos contendo temas dos diversos setores que estão envolvidos nestas organizações. O tema de hoje é a captação de recursos via legado.



Captação de recursos via legado

O convite para escrever este artigo foi para que pudéssemos iniciar o tema no grupo Nossa Causa e desta forma iniciarmos as discussões sobre o assunto. Legado, nesta abordagem, entendemos como sendo um testamento (em dinheiro, objetos, bens móveis e imóveis, bens imateriais – direitos autorais) deixado para outra pessoa ou instituição, mesmo que ambos não sejam herdeiros e nem membros da família.

No Brasil, no campo prático das organizações sem fins lucrativos, sabe-se que este tipo de iniciativa é pouco utilizada, conhecida e também pouco disseminada. Recentemente a Associação Brasileira de Captadores de Recursos – ABCR promoveu um encontro, dentro do evento nacional ONG BRASIL e nesta ocasião foi possível entender que este processo de captação via Legado ocorre num médio e longo prazo.

Outro especialista na área e fundador do Instituto Doar, Marcelo Estraviz, também comenta da importância da realização de campanhas para que se a sociedade seja sensibilizada para que escrevam e deixem legados.

Porém, para que a organização possa ser beneficiada por um testamento, acredito que inicialmente são necessárias três condições:
  1. Receber a doação via legado deve estar prevista no estatuto e se for o caso, pode ser necessária alteração estatutária;
  2. A equipe de captação de recursos deve estar capacitada para compreender os aspectos legais desta modalidade de doação;
  3. Por fim, a equipe de captação de recursos deve desenvolver habilidades para atender a família do doador e também qualificação para conduzir o processo burocrático dentro da organização.

O tema é vasto e a legislação complexa, mas acredito que com esta introdução foi possível atender este primeiro momento de aproximação com o tema. Até breve.


Envie sua sugestão e comentários: crearegs@gmail.com

Schirlei Mari Freder, Administradora, fundadora e Diretora Executiva da Creare Consultoria, Gestão e Treinamentos onde desenvolve projetos para micro e pequenas empresas, organizações do setor público e organizações do terceiro setor. Docente, conteudista, avaliadora de projetos e de empresas. Pesquisadora na área de Economia Criativa, Gestão e Empreendedorismo.

Terceiro Setor - Tema 2: Recebendo uma empresa voluntária

Esta série de artigos abordará aspectos da gestão das organizações do Terceiro Setor.

Tratar do tema de Gestão das Organizações do Terceiro Setor não é algo simples, por isso a proposta será publicar uma série de artigos contendo temas dos diversos setores que estão  envolvidos nestas organizações. O tema de hoje é a empresa voluntária.


Quando a empresa oferta um serviço voluntário

Este artigo se destina aos micro e pequenos empreendedores, milhares no Brasil, e é como se fosse um convite para que sejam voluntários em alguma causa social. Não é necessário escolher algum projeto de outra cidade ou estado e sim escolher alguma ação mais próxima de sua sede, seja em sua cidade ou bairro.

Diferente do que os empreendedores pensam, é possível disponibilizar serviços ou produtos de sua empresa de forma voluntária a serviço de algum projeto social. Esta “doação” pode ser em alguma ação pontual ou em algum projeto que pode levar mais tempo.

Seguem 6 passos para começar:


  1. Oferte algo que esteja dentro da linha de produtos e serviços que a empresa já desenvolve ou comercializa;
  2. Combine com o “cliente” como será esta entrega: pontual, por projeto ou contínuo por um determinado período de tempo, combinado entre ambos. Se necessário, firme contrato ou termo de compromisso entre as instituições.
  3. Lembre que mesmo sendo uma atividade voluntária, é necessário manter o mesmo nível profissional que envolve aspectos de qualidade e pontualidade com os prazos.
  4. Seja sincero no caso de interromper a oferta do serviço o produto, afinal comunicar o encerramento demonstrará a ética profissional e será um sinal de respeito pois aquele projeto contou com a oferta de sua empresa;
  5. Convide empresas parcerias para fazer parte do projeto, em alguns casos, empresas com atividades afins ou até mesmo em outra área podem se reunir para fortalecer projetos sociais que são relevantes para a sociedade.
  6. Por fim, lembre-se de registrar e documentar a ação realizada pois elas irão compor o relatório de Responsabilidade Social de sua empresa.


Acredito que estes passos facilitam o entendimento do empreendedor e ele terá inspiração para começar. É imensa a alegria de contribuir com ações que geram transformação social e é este o convite aos empreendedores: por pequena que possa parecer tenha certeza de que sua atitude fará a diferença na vida de quem a receberá.

(Adaptado da publicação de minha autoria, publicado em: http://nossacausa.com/6-passos-para-comecar-um-servico-voluntario/)

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Schirlei Mari Freder, Administradora, fundadora e Diretora Executiva da Creare Consultoria, Gestão e Treinamentos onde desenvolve projetos para micro e pequenas empresas, organizações do setor público e organizações do terceiro setor. Docente, conteudista, avaliadora de projetos e de empresas. Pesquisadora na área de Economia Criativa, Gestão e Empreendedorismo.